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Especial Marketing de Vinhos

Como usar o poder do vídeo para comunicar terroirs e vinhos

Châtauneuf du Pape

Durante décadas o mais eficaz e ambicionado meio das marcas comunicarem foi a televisão. Mas criar e veicular filmes na TV era tão caro que só as grandes o faziam. Hoje isso está a mudar. Ricardo Constantino, diretor da Shortfuse, explica como os produtores vinícolas podem usar o poder do vídeo. E multiplicá-lo.

“Nos últimos cinco anos a nossa forma de ver vídeos mudou muito. Da TV saltou para tablets, computadores e smartphones. Este advento foi impulsionado pela democratização de equipamentos – ecrãs maiores, internet mais rápida – e pelas redes sociais” nota o diretor da Shortfuse, a primeira produtora portuguesa especializada em web video.

Com uma formação centrada na televisão, Ricardo Constantino acompanhou o crescimento do formato de vídeo para web nos EUA, quando era ainda pouco falado em Portugal. Em 2011 fundou a produtora Shortfuse com Luísa Cabral e, mais tarde, Fábio Francisco. Hoje a empresa tem sete profissionais dedicados a criar web videos – vídeos curtos, geralmente com menos de 3 minutos, de produção ágil – para ajudar marcas e empresas a comunicar na internet.

O vídeo está muito ligado à credibilização: nada é tão forte como quando o próprio dá a cara, como faz a Mirabeau Wines na Provença – www.mirabeauwine.com/video.

O vídeo está muito ligado à credibilização: nada é tão forte como quando o próprio dá a cara, como faz a Mirabeau Wines na Provença – www.mirabeauwine.com/video.

A forma de ver vídeos mudou: hoje a ação decorre online

Passamos um terço do tempo online a ver vídeos. A cada minuto são enviadas 72 horas de vídeo para o YouTube, recentemente ultrapassado pelo Facebook, graças ao sistema autoplay. Estima-se que dentro de dois anos 74% de todo o tráfego na internet seja vídeo. O potencial do vídeo online é enorme.

“Cada vez mais as pessoas estão a desligar-se da televisão. Os mais jovens já crescem a ver vídeos no Youtube… Se é aí que as pessoas estão, há que aproveitar esses meios: as marcas que não se posicionam aí estão a perder o comboio”.

O poder do vídeo é bem patente: só 20% das pessoas que visitam uma página na internet leem o conteúdo na íntegra. Mas 80% assistem a um vídeo, se tiver um. Os vídeos facilitam a compreensão de produtos e serviços, e são memoráveis: 80% das pessoas lembram-se do que viram. Para as marcas isto é crucial.

A californiana Jordan Winery usou a vindima noturna num surpreendente vídeo de Halloween – www.jordanwinery.com/videos.

A californiana Jordan Winery usou a vindima noturna num surpreendente vídeo de Halloween – www.jordanwinery.com/videos.

O poder das histórias contadas diretamente às pessoas

O mundo dos vinhos tem muito a explorar: as vinhas, pessoas, o ambiente, o enoturismo, provas, regiões, em especial no âmbito da exportação – onde muita gente desconhece Portugal – há muitas histórias para serem contadas.

Para Ricardo Constantino “muitos produtores estão tão absorvidos na sua história que não percebem quanto isso pode ser interessante, diferenciador e importante para o consumidor. Um formato de história como o da francesa Châteauneuf-du-Pape pode funcionar muito bem. E se mistura entrevista com imagens da vinha, melhor: uma história contada diretamente às pessoas é muito poderosa… O vídeo está muito ligado à credibilização: nada é tão forte e valorizado como quando o próprio dá a cara”.

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Vídeos que não ficam esquecidos num DVD

O conteúdo em vídeo mais óbvio é o vídeo institucional, que apresenta o terroir e o produtor. Mas há muitas outras possibilidades. “É curioso o exemplo da Jordan Wines, que fez vídeos de Halloween e a dançar “Gangnam style”. Embora tecnicamente não sejam brilhantes, vão para lá da vinha, agarram a oportunidade de fazer conteúdos adaptados às redes sociais, que mais facilmente se partilham”.

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Vale a pena pensar fora da caixa, consoante as tendências e as épocas do ano. Depois, existem ferramentas que permitem perceber se está a ter muito ou pouco impacto, seja pelas visualizações ou outras.

Sobretudo, “um vídeo não deve ficar perdido num DVD. O vídeo web é um conteúdo para ser incorporado em coisas tão diferentes como o site, numa newsletter, enviar por e-mail, partilhar nas redes sociais, anunciar na internet, mostrar numa feira ou loja e, até, ligar à garrafa através do QR code no rótulo”, nota Ricardo Constantino.

O “Paso Wine Man”, personagem criada pela região de Paso Robles na Califórnia, divulga a região com humor e é um sucesso online – www.pasowine.com/education/paso-wine-man-videos.php.

O “Paso Wine Man”, personagem criada pela região de Paso Robles na Califórnia, divulga a região com humor e é um sucesso online – www.pasowine.com/education/paso-wine-man-videos.php.

Como começar? Criar um vídeo que espelha o seu orgulho

O que aconselha Ricardo Constantino a um pequeno produtor? “Não fazer por fazer, mas saber que vantagens quer obter. Primeiro perceber a marca, como ela vive, como fala e que história quer contar. Depois avançar com um pequeno vídeo que conte a sua história e mostre as pessoas que estão por trás. Um vídeo com tudo o que quer mostrar ao mundo: vinhas, caras, vinhos… que deve espelhar o seu orgulho”.

E quanto custa? “Existem soluções para todos os casos. Hoje é possível fazer muito – da animação, aos drones que permitem captar imagens aéreas fantásticas de vinhas e quintas – Na Shortfuse não é esse o limite: cada vídeo é pensado de acordo com o orçamento disponível”.

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