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Agricultura

Especialista em Agricultura Sintrópica em Portugal para dar cursos de iniciação

Especialista em Agricultura Sintrópica em Portugal para dar cursos de iniciação

A Reflorestar Portugal vai realizar durante o mês de abril quatro cursos de ‘Agrofloresta de Sucessão’. Estas formações serão conduzidas por Namasté Messerschimdt, consultor agroflorestal e especialista em Agricultura Sintrópica que já confirmou a sua presença no AgroIn, organizado pela VIDA RURAL.

Os cursos irão realizar-se em Palmela (6, 7 e 8 de abril), em Figueiró dos Vinhos (13, 14 e 15 de abril), no Gerês (20, 21 e 22 de abril) e em Santa Maria da Feira, (27, 28 e 29 de abril) e farão uma introdução a alguns conceitos básicos de implementação e manejo de um sistema agroflorestal.

 

O Sistema Agroflorestal de Sucessão, também conhecido como Agricultura Sintrópica, foi desenvolvido pelo suíço Ernst Götsch, inspirado na forma como as florestas se desenvolvem e é já considerado uma das técnicas de plantação mais viáveis do ponto de vista ambiental, social e económico. De acordo com a Reflorestar Portugal, de acordo com este sistema, “a plantação é feita de forma sincronizada com espécies agrícolas (hortícolas e frutíferas) e espécies florestais. A plantação em alta densidade e diversidade só é possível graças à utilização de espécies de ciclo de vida curto, médio e longo, ocupando todos os estratos de uma floresta (rasteiro, baixo, médio, alto e emergente). Respeitando estes princípios otimiza-se o aproveitamento da luz do sol, dos recursos hídricos e garantem-se plantações agrícolas mais produtivas.”

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Marina Zimmerman, da Reflorestar Portugal, defende que este tipo de sistemas são urgentes em Portugal, sobretudo tendo em conta que “todos os anos incêndios deflagram de Norte a Sul do país, sendo agravados por condições climáticas, geográficas, pela falta de meios e estratégias associadas a um mau planeamento e fraca prevenção, que vai além da limpeza dos terrenos. As florestas são as grandes sustentadoras do ciclo da água e da biodiversidade. Quando elas desaparecem, o clima e as chuvas mudam, perde-se riqueza genética e gera-se escassez de recursos. É alarmante que 58% do território português já seja considerado árido. Acreditamos que os Sistemas Agroflorestais e a Permacultura são as principais ferramentas para travar e inverter esta espiral involutiva e degenerativa em que nos encontramos, tanto a nível ambiental, humano, espiritual, como social e económico.”