A produtividade da cereja deverá aumentar cerca de 60% face a 2014. Os números constam das Previsões Agrícolas do INE, realizadas a 31 de maio, e que indicam que se preveem também aumentos na área de tomate para indústria e no girassol.
Em sentido contrário, os números divulgados mostram que poderá registar-se uma diminuição da área de milho para grão, que deverá ficar abaixo dos 100 mil hectares, “refletindo a queda na cotação desta commodity nos mercados internacionais”, segundo INE.
Condições de mercado desencorajam cultivo de batata
As dificuldades de escoamento da produção de batata na última campanha, aliadas aos preços baixos pagos ao produtor, foram “fatores determinantes para a redução da superfície de batata plantada”, que caiu 5% na batata de regadio, face a 2014. No que diz respeito à batata de sequeiro, “o desenvolvimento inicial foi muito promissor, verificando-se um forte rachamento da terra na linha, o que indicia uma boa tuberização. No entanto, as plantas já apresentam sintomas de grande stress hídrico, e as condições de seca superficial podem promover o aparecimento da traça. Deste modo, prevê-se uma diminuição de 5% na produtividade alcançada, face a 2014.”
No tomate para a indústria, a área plantada é a maior dos últimos anos e está, segundo o INE, “praticamente concluída, estimando-se que faltem plantar menos de 10% da área contratada entre os produtores/organizações de produtores e a indústria transformadora, 19 mil hectares”, um incremento de 10% face a 2014.
A superfície plantada de girassol, por sua vez, também deverá registar um aumento significativo, com um crescimento de 15% face à última campanha e ocupando áreas anteriormente semeadas com milho.
Boas perspetivas para a campanha dos cereais de outono/inverno
Nos cereais de outono/inverno, “o desenvolvimento vegetativo foi influenciado pelas temperaturas elevadas que se registaram em maio, forçando e acelerando a maturação dos cereais que, de um modo geral, se encontravam no estádio de grão leitoso/pastoso, tendo-se já iniciado a colheita de algumas searas”, revelam as previsões agrícolas.
Apesar disso, esperam-se aumentos generalizados no rendimento unitário, um aumento de 5% no trigo e na cevada e de 10% no triticale e na aveia.
Bom ano para as prunóideas
As perspetivas de produtividade da cereja melhoraram acentuadamente com o decorrer do mês de maio, depois de alguma apreensão causada pela instabilidade das condições climatéricas. Assim, as perspetivas são de um bom ano, com a produtividade a subir consideravelmente face a 2014, prevendo-se um crescimento de 60%.
Quanto ao pêssego, também tiveram que ser feitas mondas manuais para promoverem o aumento do calibre dos frutos, prevendo-se um aumento de 5% no rendimento unitário, para máximos históricos próximos das 12 toneladas por hectare.
