Depois de mais de um ano de trabalho, reuniões e discussões, o Ministério da Agricultura espanhol colocou esta semana um ponto final no Código de Boas Práticas Comerciais na Contratação Alimentar, a medida que faltava para terminar a Lei da Cadeia Alimentar. De acordo com o El Confidencial, o acordo deixa de fora algumas figuras importantes para o setor em Espanha, entre as quais as organizações representantes do setor da distribuição ANGED e ACES.
De acordo com a publicação, na última reunião do Observatório da Cadeia Alimentar, ambas as organizações manifestaram a sua intenção de se “absterem” na assinatura do Código de Boas Práticas, o que indica que os associados, que incluem nomes grandes do setor como a Carrefour, o El Corte Inglés e a Costco, podem estar em desacordo com algumas das medidas estabelecidas.
As organizações profissionais agrárias Asaja, COAG e UPA, a Federação Espanhola de Indústrias de Alimentação e Bebidas (FIAB) e a Asedas, por outro lado, estiveram presentes na assinatura do ‘tratado’ que estabelece “um marco normativo” e que pretende aportar equidade a todos as empresas envolvidas na cadeia de abastecimento, de acordo com a ministra da Agricultura espanhola.
O documento final conta com 50 normas, assinadas de forma voluntária, que dizem respeito a cooperativas de agricultores, indústria e distribuição e que pretendem ‘acalmar as tensões’ entre todos os elementos da cadeia de valor depois da entrada em vigor da Lei da Cadeia Alimentar, que veio rever em Espanha as relações comerciais entre produtores e a distribuição e que quer colocar um fim às práticas abusivas no comércio.
Durante a assinatura do código, Isabel García Tejerina, ministra da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente espanhola, referiu que as normas “aportarão maior clareza, segurança, inovação, qualidade e uma melhor perceção dos consumidores em relação aos produtos alimentares.”