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Enoturismo

Enoturismo nacional sem mão-de-obra especializada

Enoturismo nacional sem mão-de-obra especializada

A mão-de-obra especializada não está a acompanhar o crescimento do setor do Enoturismo em Portugal. A conclusão é de uma análise do Departamento de Turismo, Património e Cultura da Universidade Portucalense.

Segundo o estudo, este fenómeno resulta “da falta de experiência e competências sobre turismo, em particular entre os pequenos viticultores”, “da grande exigência de recursos financeiros e energia para a produção de vinho”, que dificultam a criação de uma segunda atividade em paralelo, “dos ritmos e exigências de produção de vinho não coincidentes com as do Turismo” e “da falta de formação especializada na área do Enoturismo.”

Filomena Lopes, coordenadora do Departamento de Economia e Gestão da UPT, sublinha a importância estratégica do mercado do vinho em Portugal e afirma ser “crucial valorizar e profissionalizar as atividades que lhe estão afetas.”

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O setor do Enoturismo gera cerca de 2,5 mil milhões de euros de receitas a nível mundial e em 2014, um inquérito a mais de uma centena de membros da Organização Mundial do Turismo concluía que o vinho era o vinho era o produto mais associado à atividade turística em Portugal.

De acordo com Josefina Salvado, docente da UPT, esta atividade pode também constituir uma forte alavanca para a fixação de jovens nas zonas agrícolas e rurais do país, combatendo, dessa forma, o envelhecimento populacional nestas regiões.