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Agricultura

Inseticidas com dimetoato proibidos a partir de 17 de julho de 2020

Inseticidas com dimetoato proibidos a partir de 17 de julho de 2020

Os inseticidas e acaricidas com a substância ativa dimetoato, utilizada em fitofarmacêuticos para controlar pragas nas culturas de cenoura, salsa de raiz grossa, cebola, alho, chalota, tomateiro, beringela, cereais, beterraba (mesa), beterraba sacarina, nabo, citrinos, oliveira e plantas ornamentais (ao ar livre e estufa), vão ser proibidos.

A decisão é da Comissão Europeia e, em Portugal, segundo a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), estes produtos deixam de poder ser utilizados após 17 de julho de 2020.

 

De acordo com a DGAV, “o Regulamento [da Comissão Europeia] entra em vigor no dia 30 de junho sendo que a DGAV irá proceder ao cancelamento das autorizações de venda de produtos fitofarmacêuticos contendo dimetoato”.

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A substância ativa agora proibida era utilizada em inseticidas organofosforados. O seu modo de ação consiste em atuar ao nível do sistema nervoso dos insetos, como inibidor da acetilcolinesterase, pelo que pertence ao Subgrupo 1B da classificação de modos de ação (MoA) do IRAC. Segundo o Regulamento de execução (UE) 2019/1090 da Comissão de 26 de junho de 2019, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) “identificou preocupações específicas”.

 

“Não foi possível excluir o risco de exposição dos consumidores, dos operadores, dos trabalhadores, de outras pessoas presentes e dos residentes devido à sua exposição aos resíduos do dimetoato, cujo potencial genotóxico não pode ser excluído, e ao seu principal metabolito ometoato que se concluiu ser um agente mutagénico in vivo pela maioria dos peritos na revisão pelos pares”, conclui a Comissão Europeia.

A EFSA avança ainda que para todas as utilizações representativas avaliadas, existe um “elevado risco para os mamíferos e para os artrópodes não visados decorrente do dimetoato e para as abelhas decorrente do dimetoato e do ometoato”.