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Agricultura

Máquinas extinguem um quinto dos postos de trabalho agrícola

A Confederação Nacional de Agricultores (CNA) afirma que “continua em marcha a tentativa de tirar a propriedade" aos pequenos produtores.

Os postos de trabalho na agricultura no país diminuíram 21,1% desde 2015. Em quatro anos apenas, a agricultura nacional tem menos 71 mil agricultores. Atualmente, emprega 271 mil pessoas, das quais 75% trabalham por conta própria.

A mecanização da agricultura reduziu o número de agricultores necessários, mas aumentou a produção. Os ordenados dos trabalhadores agrícolas também verificaram um aumento de 17%, para 688 euros.

 

De acordo com um estudo do Parlamento Europeu, este acontecimento é transversal a toda a União Europeia, onde se verificou uma diminuição de 30% do emprego agrícola, nos últimos 15 anos.

Em Portugal, apenas a Madeira foi exceção, verificando um crescimento de 6,1% nos últimos quatro anos.

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A Área Metropolitana de Lisboa verificou uma diminuição de 33,5%, seguindo-se a região Centro com menos 26,7% e o Norte do país, com menos 20%.

Apesar destes números, a agricultura nacional produz mais e reforçou as suas exportações. Nos últimos quatro anos, a produção agrícola cresceu 9,2%, ficando a valer 7745,9 milhões de euros, segundo o Pordata.

 

“Há uma modernização cada vez maior nos trabalhos agrícolas, antes feitos com mão de obra, hoje com máquinas. A mão de obra é cada vez mais especializada, com a exceção dos frutos vermelhos e de algumas hortícolas. Por outro lado, o tamanho médio das explorações agrícolas tem vindo a aumentar, trabalhadas por empresas voltadas para o mercado, com capacidade exportadora e competitivas a nível europeu”, refere Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal, citado pela publicação Dinheiro Vivo.