A Associação das Mulheres Agricultoras e Rurais Portuguesas – MARP afirma, em comunicado, que “não há desculpa para retrocessos”. É esta a conclusão da sua análise à situação atual e, em particular, aos impactos na vida das mulheres agricultoras e rurais.
Para a associação, “não são novas as políticas e as consequências também não são diferentes”. Dessa maneira, a MARP reafirma “o direito a produzir e a uma alimentação de qualidade, que exige a valorização dos preços à produção e as oportunidades de escoamento da produção como a valorização de mercados e feiras”. A associação recorda que os mercados e feiras são alicerces da Agricultura Familiar e atividades asseguradas muitas vezes pelas mulheres.
A associação também pede seja criado “um regime de segurança social adaptado à realidade das mulheres agricultoras e rurais que nos faça sair de situação de vida profundamente precária”.
Além disso, a MARP considera ser “preciso garantir condições de acesso aos serviços públicos que têm de ser garantidos a todas e todos”. “Não podemos mais admitir que encerrem os serviços de saúde e que continuem a faltar médicos, nem que a aposta numa ‘escola à distância’ venha agravar as desigualdades (falta de infraestruturas de comunicação) e do agravar da jornada de trabalho pela multiplicidade de tarefas exigida, muito particularmente às mulheres “, afirma a associação de mulheres.
As Mulheres Agricultoras e Rurais Portuguesas pedem também a retoma dos transportes públicos nos locais mais remotos. “O acesso ao transporte é um direito das populações fundamental para garantir as condições básicas de vida”.
A Associação das Mulheres Agricultoras e Rurais Portuguesas – MARP celebrou 43 anos de existência no dia 26 de fevereiro.