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Agricultura

Syngenta instala margens funcionais em Lisboa

Operation Pollinator Lisboa Felisbela Campos  e

A Syngenta celebrou o Dia Mundial do Ambiente com a instalação de um refúgio para polinizadores na “Capital Europeia Verde”.

Lisboa é a primeira cidade portuguesa a acolher o Operation Pollinator, um programa internacional de proteção dos polinizadores, conservação e incremento da biodiversidade.

 

A Syngenta lançou um desafio à Câmara Municipal de Lisboa para instalar margens multifuncionais e “hotéis” (refúgios de nidificação) para polinizadores em espaços verdes da cidade, no âmbito do seu programa “Operation Pollinator”. O desafio foi aceite pela autarquia e o projeto arrancou esta Primavera no Jardim/Rotunda Eduardo Prado Coelho, nos Olivais, onde está instalada a primeira zona multifuncional “Operation Pollinator”.

Trata-se de uma zona verde semeada com uma mistura de sementes composta por trevos, ervilhaca, tremocilha, coentros, sanfeno e colza, com floração escalonada, onde os insetos polinizadores encontram uma fonte de alimento (pólen e néctar) e um local de refúgio ao bulício da cidade.

 

Assim, foi dado mais um passo na concretização deste projeto, com a instalação de um “hotel” (refúgio) para polinizadores nesta margem multifuncional, local que tem um grande potencial de vir a tornar-se um hotspot de biodiversidade.

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Operation Pollinator Lisboa 2 lowO refúgio oferece um local de nidificação para diferentes espécies de polinizadores, como as abelhas-cortafolhas ou as abelhas-pedreiras, que nidificam em cavidades pré-existentes. Madeira, tijolo ou canas são alguns dos suportes naturalmente utilizados e, por isso, usados na construção do “hotel”, bem como elementos de cortiça, que contribuem para um maior conforto térmico das espécies.  Do ponto de vista operacional, o refúgio foi colocado virado a Este, podendo receber os primeiros raios de sol, mas estando protegido no momento de maior calor.

 

“Por vezes, a limitação à fixação espécies de abelhas solitárias num dado local não se prende com a falta de alimento, mas com a indisponibilidade de abrigo. A colocação de um refúgio vem dar resposta a esta questão, fomentando a presença continuada destes polinizadores”, explica Andreia Valente, bióloga responsável pela construção do refúgio para polinizadores.

“Estes insetos são fundamentais à manutenção de ecossistemas saudáveis e resilientes, prestando um serviço de ecossistemas que se encontra em declínio e do qual dependem numerosas espécies, silvestres e agrícolas: a polinização. A resposta a desafios tão grandes como a perda de polinizadores, não carece somente de medidas globais. Conhecendo a ecologia destes animais, esta ação procura contribuir, localmente, para responder a este problema”, acrescenta a investigadora.

 

Mais de 75% das culturas agrícolas e mais de 85% das plantas não cultivadas dependem da polinização por insetos (abelhas, borboletas e outros polinizadores) para se reproduzir e frutificar. A importância dos polinizadores no meio urbano tem vindo a ser reconhecida de forma crescente nos últimos anos e várias cidades europeias estão a adotar medidas para aumentar as populações de insetos polinizadores nos seus espaços verdes.

O objetivo da parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Syngenta é levar uma amostra de uma paisagem multifuncional do campo para a cidade, contribuindo para sensibilizar a população, e em concreto a comunidade educativa, para o papel crucial dos polinizadores na agricultura e na alimentação.