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Agricultura

Bactéria Xylella fastidiosa é detetada no Algarve e em Sintra

CDS questiona Governo sobre plano de contenção relativo à Xylella fastidiosa

A bactéria Xylella fastidiosa foi detetada em plantas de alecrim na União das freguesias de Luz de Tavira e Santo Estevão (Algarve), assim como na União das freguesias de Massamá e Monte Abraão (Sintra). Em notícias publicadas no seu site, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) revela que a deteção foi resultado dos trabalhos de prospeção oficiais, conduzidos pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPALGARVE) e pela Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPALVT), respetivamente.

Em específico, no Algarve, a bactéria foi encontrada num lote de plantas de alecrim existentes num viveiro. Já em Sintra foi encontrada num lote de plantas existentes num espaço público em zona urbana.

 

A determinação da subespécie da bactéria, em ambos os casos, encontra-se ainda em curso. Os serviços de inspeção fitossanitária da DRAPALGARVE  e da DRAPALVT estão já a implementar as medidas fitossanitárias em conformidade com a regulamentação da União Europeia, no sentido de se averiguar a origem da infeção, e a sua erradicação.

Na zona infetada, uma área de 50 metros em redor das plantas infetadas, foi realizado um levantamento intensivo das plantas aí existentes e colhidas 122 amostras (no caso do Algarve) e 44 amostras (no caso de Sintra).

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A DGAV informa ainda que foi estabelecida uma zona demarcada, que inclui a zona infetada e uma zona tampão de 2,5 km, na qual estão a ser feitas amostragens intensivas a outras plantas suscetíveis à bactéria, assim como a averiguação da existência de insetos vetores.

Reação do CoLAB InnovPlantProtect 

O CEO do InnovPlantProtect, Pedro Fevereiro, em entrada do blogue do CoLAB, lembrou que “há pelo menos dois anos que o CoLAB InnovPlantProtect tem pronta uma estratégia para desenvolver uma solução biológica contra a Xylella fastidiosa. No entanto, até hoje, não foi possível encontrar fundos públicos ou privados para materializar este projeto”.

 

Na sua visão, “parece, contudo, inevitável a necessidade do seu desenvolvimento”, uma vez a bactéria “está já presente em três zonas de Portugal (Porto, Queluz e Algarve) e os seus vetores existem em todo o território”.

“Quando irá o país perceber que tem de investir já – na realidade, devia tê-lo feito há dois anos – para que esta doença extremamente agressiva não se espalhe pelos olivais e amendoais portugueses? Porque é que não se faz investimento na prevenção, em vez de esperar pelo desastre e deitar então as mãos à cabeça?”, considera.