Quantcast
Sustentabilidade

A biodiversidade e o mercado estão numa relação: mas é complicado!

A biodiversidade e o mercado estão numa relação: mas é complicado!

O consumidor está mais ‘verde’ e sofisticado. A qualidade e preço já não chegam e as dietas vão muito para além do plant based. O mercado está à procura de produtos com impacto positivo na biodiversidade. Problema: 75% dos alimentos produzidos mundialmente provêm de apenas 12 plantas e 5 espécies animais… Um número reduzido, que afunila muito as opções.

Como aproveitar as variedades tradicionais e autóctones para criar diferenciação, valor e, simultaneamente, trabalhar a resiliência às alterações climáticas? É possível abrir a lente para variedades mais exóticas que possam ter boa adaptação? As perguntas vão ser colocadas no AGROIN 2023, onde se vai discutir o potencial da recuperação de variedades tradicionais ou da implantação de outras mais resistentes e adaptadas para reduzir a dependência do ‘seed as usual’. David Lacasa, partner da Lantern, abre a discussão com alguns indicadores resultantes recentes de estudos de mercado como o The Green Revolution ou o mais recente World Gastronomic Trends. Estudos que revelam um consumidor exigente em mudança, preocupado com a falta de diversidade na origem dos alimentos.  Então, como recuperar o capital genético perdido, estimular a biodiversidade e garantir simultaneamente a produção de alimentos em quantidade e com qualidade e segurança? Raul Rodrigues, professor na Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, vai contar a sua experiência na recuperação de variedades tradicionais de maçã e como este trabalho está a estimular produtores locais. É o caso de Miguel Viseu, enólogo e mais recentemente empreendedor de uma unidade de fabrico de cidra, a Cidra Nua, que está a produzir cidras a partir destas mesmas variedades de maçã. Já bebeu cidra feita com a variedade Três ao Prato ou Beijo da Rainha? Saiba que já pode. Junta-se a esta conversa, Avelino Ormonde, produtor açoriano na Biofontaínhas, uma exploração na Ilha Terceira que utiliza mais de 100 cultivares diferentes na produção de folhosas, aromáticas e flores comestíveis e Marta Vasconcelos, investigadora na Escola Superior de Biotecnologia do Porto, responsável pelos projetos Radiant e Increase na área da agrobiodiversidade e recuperação de leguminosas.

banner APP
 

Se quer saber sobre este tema mais e assistir ao AGROIN, espreite o site e inscreva-se aqui.