Perante a confirmação de um foco em suínos domésticos na Polónia, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) pediu aos produtores, transportadores, comerciantes, caçadores e veterinários o reforço das medidas de prevenção da peste suína africana (PSA).
“A situação epidemiológica da peste suína africana na Europa e no mundo continua a agravar-se”, apontou em comunicado a DGAV, citada pela agência Lusa.
Entre as medidas preventivas, inclui-se a proibição da alimentação de suínos com lavaduras e com restos de cozinha e mesa, bem como a correta aplicação das medidas de biossegurança nas explorações, centros de agrupamento, entrepostos e nos transportes, e a adoção de “boas práticas no ato de caça”.
A DGAV pede também que não sejam deixados restos de alimentos acessíveis a javalis e requer o reporte aos seus serviços regionais e locais de qualquer ocorrência ou suspeita de PSA.
De acordo com o mesmo documento, entre as últimas situações detetadas encontra-se o primeiro foco de PSA em suínos domésticos na Polónia, numa exploração com cerca de 23 746 porcos junto à fronteira com a Alemanha.
Na Hungria, as autoridades continuam a notificar “um grande número de casos de PSA em javalis”, tendo sido reportados, desde o início do ano, 1 536 casos.
Por sua vez, na Bulgária, a situação continua a piorar, verificando-se 207 participações de casos de javalis e 16 focos em suínos domésticos.
Na Roménia, foram identificados 201 focos em suínos domésticos e 397 casos em javalis, desde o início do ano. A Bélgica registou três casos, a Eslováquia 52, a Estónia 19, a Letónia 91, Lituânia 75 e em Itália 32.
Na Federação Russa, Moldávia, República da Sérvia e na Ucrânia continuam também a ser “notificados casos em javalis e focos em suínos domésticos”.
Na Ásia, a peste suína africana continua a disseminar-se, bem como na Oceânia.
A PSA verificou-se durante 30 anos em Portugal, o último foco foi detetado em 1999, tendo sido erradicado.