As exportações do setor agroalimentar cresceram 2,5% no ano passado, em relação a 2019, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em comunicado, o Ministério da Agricultura refere ainda que “se analisarmos apenas a agricultura, o crescimento é ainda maior”. Esse crescimento foi de 5,5%.
Já as exportações de frutas, legumes, plantas ornamentais e flores aumentaram 4,4%, informa a associação Portugal Fresh, com base nos dados do INE.
Quando analisados os dados, no geral, por tipo de produto, são os “Animais Vivos” que mais cresceram, com 20,9%. As “carnes, miudezas, comestíveis” são os seguintes com 15,7%. Por sua vez, as “plantas vivas e produtos de floricultura” cresceram 8,8%. Já as “frutas: cascas de citrinos e melões” tiveram um crescimento de 6,3% e, ainda, os “vinhos e mostos” aumentaram 3,2%.
Reações da Ministra da Agricultura
A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, considera que estes dados “evidenciam a resiliência e a capacidade de trabalho dos agricultores portugueses e de todo setor agroalimentar”. Mas, no seu entender, revelam também a eficácia das medidas de crise adotadas para apoiar o setor.

A titular da pasta da Agricultura sublinha ainda que “a Política Agrícola Comum (PAC) contribui para a resiliência e uma maior capacidade de resposta do setor agrícola às crises, como a que atravessamos, através de medidas específicas, como as que temos vindo a adotar e que permitem não só responder, mas também promover a recuperação dos setores mais fragilizados”.
Reações do presidente da Portugal Fresh
Já Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh, destaca que os números da exportação de frutas, legumes e flores “são números muito positivos para este que é um setor campeão da economia nacional, mais considerando o contexto de pandemia que o mundo atravessa”.
O presidente da associação refere ainda que “o investimento que tem sido feito na fileira e a aposta dos produtores em modernizar todo o sistema de produção têm possibilitado crescer e melhorar sistematicamente, ao longo dos últimos dez anos”. No entanto, não deixa de referir que “para assegurarmos competitividade futura, precisamos de continuar a garantir investimento em inovação e tecnologia em toda a cadeia de valor”.
O investimento “deve ser acompanhado por investimento público estratégico em infraestruturas, designadamente os respeitantes à gestão eficiente da água, um recurso imprescindível para a agricultura e que requer uma utilização racional e sustentável”, acrescenta.