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Exportações de Pera Rocha geram 85 milhões de euros por ano

Exportações de Pera Rocha geram 85 milhões de euros por ano Direitos Reservados

Nos últimos 12 anos, a produção média de Pera Rocha foi de 174.286 toneladas anuais, das quais 60% são destinadas à exportação, tendo esta gerado receitas anuais de cerca de 85 milhões de euros, revelou a Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP).

Em 2022/2023, a Pera Rocha nacional foi exportada para 20 países, com três destinos principais a ocuparem o pódio: Europa (50%), Marrocos (20%) e Brasil (20%).

 

De acordo com o comunicado de imprensa, o potencial produtivo anual deste fruto ronda as 200.000 toneladas, com as receitas advindas das exportações a refletirem “a crescente procura internacional pela Pera Rocha”.

“Efetivamente, a exportação de Pera Rocha tem vindo a crescer, superando 60% da produção nos últimos anos. Para este ano, prevê-se que esses números sejam ultrapassados, embora os dados finais só possam ser confirmados após o término da campanha”, explicou a Associação.

 

Segundo a nota de imprensa, a exportação média anual dos últimos 12 anos foi de 100.562 toneladas.

De acordo com o Recenseamento Agrícola do Instituto Nacional de Estatística (INE) de 2019, citado pela Associação, Portugal possui 11.297 hectares dedicados ao cultivo de pereiras, dos quais 84% estão concentrados no Oeste, abrangendo 2.158 explorações agrícolas.

 

“Este setor não só é vital para a economia regional, mas também para a sustentabilidade de mais de 2.500 famílias diretamente envolvidas na produção”, realça a ANP.

Apesar da relevância do setor em Portugal, a ANP adianta que este enfrenta “desafios significativos”, avançando que as condições climáticas adversas dos últimos anos resultaram em quebras de produção acentuadas, com a colheita de 2022 a registar apenas 132.283 toneladas e a de 2023 a cair para 119.000 toneladas, “as mais baixas dos últimos 14 anos”.

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“Além disso, questões fitossanitárias têm aumentado os custos de produção e, consequentemente, as dificuldades do setor”, acrescenta a Associação.

A ANP avança ainda estar a trabalhar com investigadores nacionais com vista ao melhoramento genético da Pera Rocha, “visando adaptá-la às mudanças climáticas e aumentar sua resistência a doenças, sem perder suas características distintivas”.

Devido à relevância de Portugal no que diz respeito à produção de pera na Europa, nos dias 26 e 27 de junho, irá acolher, em Óbidos, o Interpera, um congresso internacional dedicado ao debate sobre a pera.

O evento, organizado pela internacional Assembleia das Regiões Europeias Produtoras de Frutas, Legumes e Hortaliças (AREFLH) e pela ANP irá reunir os principais intervenientes do setor a nível mundial para discutir desafios e oportunidades cruciais para a produção desta fruta.

“Ao acolher este congresso, Portugal reafirma seu papel central na produção de Pera Rocha e a sua determinação em enfrentar os desafios do setor com inovação e sustentabilidade”, referiu Filipe Ribeiro, Presidente da ANP.

E continua: “urge debater medidas de apoio ao setor e a sua adequabilidade aos desafios de sustentabilidade que têm vindo a aumentar de ano para ano, sendo que o Interpera é o evento ideal para promover o debate e a troca de experiências, podendo compartilhar expertise com os líderes mundiais do setor e dar a conhecer a nossa história e património”.