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Agricultura

Consumo de fertilizantes minerais desce a um maior ritmo em Portugal que na UE

Consumo de fertilizantes minerais desce a um maior ritmo em Portugal que na UE

O consumo de fertilizantes minerais (nitrogénio e fósforo) na produção agrícola diminuiu 2,2% entre 2020 e 2021, atingido as 10,9 milhões de toneladas. Desde 2017 que o consumo decresceu cumulativamente 6,4%, de acordo com o Eurostat.

Já no caso português, o consumo foi de 108,4 mil toneladas, tendo diminuído 9,42% em 2021. Para tal contribuiu a queda de 11,49% da utilização do nitrogénio, uma vez que o consumo de fósforo aumentou 3,57%. 2021 foi o ano com menor consumo destes fertilizantes nos últimos dez anos.

 

O consumo de fertilizantes à base de nitrogénio alcançou as 9,8 milhões de toneladas na UE em 2021, uma queda de 2%. França (dois milhões), Alemanha (1,3 milhões), Polónia (um milhão) e Espanha (um milhão) juntas representam metade do consumo europeu.

Já o consumo de fertilizantes com fósforo foi de 1,1 milhões de toneladas, um declínio de 3,8% face a 2020. França, Espanha, Polónia, Roménia, Itália e Alemanha representam quase três quartos da utilização total europeia.

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Apesar de ainda não existirem dados para 2022, o Eurostat antevê que a utilização vai ser impactada pelo aumento dos preços, devido à guerra na Ucrânia.

Visão comparativa

Numa visão mais comparativa, o consumo de fertilizantes à base de nitrogénio cresceu 1,7% na UE durante o período 2019-2021, face ao período 2011-2013. Portugal foi o 5º país com a maior queda, 4,9%. Só foi ultrapassado pela França (-5,7%), Polónia (-9,6%), República Checa (-10,3) e Alemanha (-21,6%).

 

No caso da utilização de fósforo, este cresceu 10% na UE no mesmo período de comparação. Em Portugal, o crescimento foi superior à média, com mais 12,2%. Luxemburgo (-24,1%) e Alemanha (-21,6%) lideram os países que conseguiram diminuir a utilização.