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Agricultura

Índice de preços da FAO atinge valor mais baixo desde abril de 2021

Índice de preços da FAO atinge valor mais baixo desde abril de 2021

O preço global dos alimentos atingiu o valor mais baixo em maio desde abril de 2021, segundo o índice de preços da FAO. Em maio, o índice obteve uma média de 124,3 pontos, menos 2,6% que em abril de 2023 e 22,1% abaixo do pico máximo atingido em março de 2022.

O preço dos óleos vegetais foi o que mais desceu, registando uma quebra de 8,7% face a abril de 2023 e menos 48,2% que o valor registado no período homólogo. O aumento da produção e declínio das importações levou a uma queda dos preços do óleo de palma. Já os preços do óleo de soja caíram pelo sexto mês consecutivo face a uma colheita brasileira abundante e a melhores stocks do que antecipado nos Estados Unidos da América. O óleo de girassol e o de colza continuaram também em queda.

 

Nos cereais, a queda foi de 4,8%, com as cotações mundiais do milho a descerem 9,8% devido a uma perspetiva de produção favorável. Já o índice de preços do trigo desceu 3,5%, reflexo de uma oferta alargada e da prorrogação da Black Sea Grain Initiative. Do outro face da moeda, o preço do arroz cresceu num ambiente de compras asiáticas e menores ofertas dos países exportadores.

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No caso dos lacticínios, existiu também uma quebra, neste caso de 3,2%. A quebra foi motivada pela diminuição dos preços internacionais do queijo. Já o leite em pó e a manteiga começaram a crescer ligeiramente.

 

São nas carnes e no açúcar que a tendência de queda se esgota. Se o preço da carne aumentou apenas 1% (devido à procura de carne de aves de capoeira na Ásia e a falta de oferta de carne de bovino nos EUA), o do açúcar disparou 5,5%. O seu preço atingiu um nível superior em quase 31% ao registado no mesmo período do ano passado.