Um total de 14 Estados-Membros foram afetados pela peste suína africana (PSA), em 2023, resultando num aumento cinco vezes superior dos surtos em suínos domésticos em comparação com o ano anterior.
Esta é a principal conclusão do último relatório epidemiológico anual publicado na passada quinta-feira, dia 16 de maio, pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA, sigla em inglês).
No que diz respeito aos suínos domésticos, o ano passado foi o que registou o maior número de surtos de peste suína africana (PSA) desde 2014, com a Croácia e Roménia a relataram 96% do número total de surtos (1.929).
Já o número de surtos em 2023 em javalis aumentou 10% em comparação com o ano anterior. De acordo com o relatório, o vírus foi introduzido, pela primeira vez, na Suécia e na Croácia, tendo-se espalhado até Itália.
A Alemanha, a Hungria e a Eslováquia verificaram uma melhoria na situação epidemiológica à medida que o número de surtos em javalis diminuiu.
Neste sentido, os peritos da EFSA recomendam que seja dada prioridade à vigilância passiva, incluindo a análise de carcaças de javalis, em vez da vigilância ativa, que inclui a análise de javalis caçados para a identificação de surtos de peste suína africana.
A vigilância passiva, em particular a identificação de sinais clínicos da doença, continua a ser o principal modo de deteção desta doença, inclusive nas explorações suinícolas domésticas, explica a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, salientando que os agricultores e os veterinários têm um papel fundamental a desempenhar na notificação de casos suspeitos.
Em outubro, a EFSA vai emitir um parecer científico que pretende rever os fatores de risco para a emergência, propagação e persistência do vírus da PSA nas populações de javalis e suínos domésticos.