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Agricultura

Portugal não pondera avançar com novos estudos para transvases de água, diz APA

Portugal não pondera avançar com novos estudos para transvases de água, diz APA iStock

Atualmente, os transvases de água existentes em Portugal Continental estão, maioritariamente, destinados à agricultura, tendo também como fim o aproveitamento hidroelétrico e o abastecimento público, explicou fonte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), citada pela Lusa, que adiantou também não estar em estudo o avanço de outros transvases.

De acordo com a APA, existem três transvases – transferências de água entre bacias hidrográficas – em Portugal Continental: um da bacia do Douro para a do Tejo, outro da bacia do Mondego para a do Tejo e, o último, do Guadiana para a bacia do Sado e Ribeiras da Costa Alentejana.

 

Os transvases Douro-Tejo e Guadiana-Sado estão sobretudo dedicados à exploração agrícola, enquanto o transvase Mondego-Tejo está destinado à produção de energia hidroelétrica.

Segundo a APA, citada pela Lusa, “na bacia do Douro para a do Tejo está em causa a ligação da albufeira do Sabugal (no rio Côa, bacia do Douro) ao sistema de rega da Cova Beira através de um circuito hidráulico que liga à albufeira da Meimoa (no rio Zêzere, na bacia do Tejo), um sistema que, é referido como “essencialmente agrícola, muito embora existam nestas albufeiras captações de água para abastecimento público”.

 

O transvase da bacia do Guadiana para a bacia do Sado e Ribeiras da Costa Alentejana, “através da ligação do sistema Alqueva Pedrogão a vários sistemas”, tem também um propósito semelhante ao anterior – agricultura e abastecimento público.

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Já o transvase Mondego-Tejo, “através de circuito hidráulico que liga as albufeiras do Alto Ceira (rio Ceira, na bacia do Mondego) à albufeira de Santa Luzia (no rio Zêzere, na bacia do Tejo)”, é destinado à produção de energia hidroelétrica.

 

Apesar de, atualmente, não estar em estudo o avanço de outro transvase, a APA adiantou que, sobre a transferência de água da albufeira da barragem do Cabril para o rio Tejo, é uma questão que “está em estudo”.

A mesma fonte esclarece também que “já no período de estiagem de 2023 foi usada água armazenada no Cabril para compensar os caudais no Tejo (lançados através da cascata do Zêzere) contribuindo, conjuntamente com os caudais acordados com Espanha, para evitar a subida da cunha salina no Tejo, o que se conseguiu com sucesso”.

 

Este tema vai também estar em destaque no Congresso AgroIN, organizado pela VIDA RURAL, que acontece a 17 de abril, em Lisboa. Saiba mais aqui.