A investigadora portuguesa Sónia Negrão foi distinguida ontem, dia 2 de março, em Dublin, como Líder do Futuro na Investigação, tendo recebido um prémio de 1,5 milhões de euros, para estudar a produção mais sustentável da cevada, ingrediente-base do Malte irlandês.
Sónia Negrão recebeu assim o Prémio SFI President of Ireland Future Research Leaders Award, entregue pelo presidente da Irlanda, Michael D. Higgins, que tem como objetivo distinguir e reter 10 jovens cientistas que tenham alcançado resultados excecionais na área das ciências e da engenharia.
Professora na University College Dublin e membro colaborador do centro de investigação português GREEN-IT – Biorecursos para a Sustentabilidade, Sónia Negrão concluiu o seu doutoramento no ITQB NOVA em 2008, na área de melhoramento de plantas e em 2018 mudou-se para a Irlanda, onde desenvolve o seu projeto agora distinguido.
“É uma grande honra receber este prémio do Presidente Michael D. Higgins. Fico muito grata pelo reconhecimento do potencial da minha investigação”, refere Sónia Negrão.
As chuvas intensas e as alterações climáticas estão a afetar a produção da cevada, o que se traduz num impacto significativo na indústria do malte. Através do desenvolvimento de tecnologia que alia técnicas de genética com a utilização de drones e inteligência artificial, a bióloga pretende recuperar características que as variedades mais antigas de cevada apresentavam e que as tornavam mais resistentes a estas condições ambientais.
