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Produção de Pera Rocha regista quebra de 13% – 2º pior ano desde 2010

Produção de Pera Rocha regista quebra de 13% - 2º pior ano desde 2010

A Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP), que representa cerca de 89% da produção portuguesa deste fruto, revela que a colheita registou uma quebra de 13% face ao ano passado. No total, foram colhidas 107 111 toneladas, menos 16 563 toneladas que em 2022. Foi o segundo pior ano desde 2010, sendo que apenas em 2012 foi registado volume de colheita inferior.

Segundo explicado, face a 2022 foram colhidas menos 16 563 toneladas. A quebra é superior a metade (51%) quando analisados os números de 2021. Entre 2023 e 2021, a colheita diminuiu 109 279 toneladas.  A ANP estima que a colheita nacional foi de cerca de 120 mil toneladas (associados e não associados da associação).

 

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Relativamente à composição do volume colhido em termos de calibres, estima-se semelhante distribuição entre calibres inferiores a 60 mm (51%) e superiores a 60mm (49%).

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O valor representa uma ligeira melhoria relativamente a 2022, mas fica aquém do registado em 2021, ano em que mais de 63% dos frutos teve calibre superior a 60 mm. Relativamente às peras com menos de 55 mm, prevê-se que em 2023 representem 22% do total.

A associação explica que a quebra na colheita se deve às condições climáticas adversas em vários momentos determinantes do ciclo produtivo, que resultaram na diminuição do número e calibre dos frutos e potenciaram a elevada incidência de doenças, culminando com o escaldão na primeira semana de agosto.

 

“A diminuição das substâncias ativas autorizadas no combate a pragas e doenças tem constituído um desafio adicional, à semelhança do que se verifica noutras culturas e noutros países da Europa”, nota.

“Desta situação de dois anos consecutivos de quebra na produção resulta uma enorme pressão na sustentabilidade do setor, que se reflete na potencial perda de rendimento de todos os envolvidos na cadeia, e que terá de ter reflexo ao nível dos preços praticados, sob pena de não existirem meios para suportar uma nova campanha”, conclui a ANP.