Portugal registou um aumento de 22% do preço dos produtos agrícolas durante o segundo trimestre de 2023, quando comparado com o mesmo trimestre no ano passado. O País lidera a lista, seguido pela Grécia (+21%) e Espanha (+16%). De acordo com o Eurostat, a situação advém das condições de seca.
Já no primeiro trimestre do ano Portugal tinha, a par de Espanha, registado o maior aumento do preço médio dos produtos agrícolas (+33%), devido à redução da produção causada pelas secas. O valor deste mês representa o primeiro trimestre de tendência de desaceleração da subida dos preços desde 2022. A nível europeu a tendência já se verificava desde o quarto trimestre de 2022, sendo que neste a tendência acentua-se com apenas um aumento de 2% a nível da UE, face ao período homólogo. No trimestre anterior, o aumento tinha sido de 17%.
A maioria dos países da UE (17 em 27) sofreu aumentos nos produtos agrícolas quando comparado ao mesmo trimestre no ano passado. Entre os que viram os preços diminuir, estão Lituânia (-26%) e Estónia (-15%).
Os grupos de alimentos onde os preços mais aumentaram foram:
- Citrinos (+89%)
- Azeite (+48%)
- Batata (+38%)
- Ovos (+31%)
- Porco (+28%)
Os cereais registaram uma queda de 31%. Já as aves de capoeira (+4%) e o leite (-2%) permaneceram estáveis.
Custos dos fatores de produção na UE registam 1º queda deste 2020
O Eurostat revela que, pela primeira vez desde o quarto trimestre de 2020, os custos dos fatores de produção desceram. O valor diminuiu 5% face ao segundo trimestre de 2022. A descida do preço dos fertilizantes (-23%), energia (-13%) e alimentação animal (-5%) foram os principais responsáveis.
Mesmo assim, o cenário não é igual em toda a Europa. A Hungria e a Roménia registaram um crescimento de 6%. Já a Lituânia e os Países Baixos obtiveram descidas de 16%. No caso português, esteve entre os únicos cinco países da UE em que estes custos aumentaram. Portugal registou uma subida de 1,25%, prosseguindo a tendência de desaceleração iniciada no terceiro trimestre do ano passado.