O Valorfito, designação do Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura, anunciou ter voltado a superar a taxa de recolha de embalagens do setor agrícola em 2023, tendo-se situado nos 56,5%.
De acordo com o comunicado enviado às redações, no ano passado, registou-se “uma subida nunca vista” na taxa de retoma global, de 50% em 2022, para os 56,5%, aproximando-se “fortemente da grande meta estabelecida pela Sigeru de alcançar os 60% de taxa de retoma”.
Foram recolhidas 508 toneladas de embalagens vazias de produtos fitofarmacêuticos, sementes e biocidas, 3,5% acima do ano anterior, num total de 945 operações de levantamento.
A taxa de recolha de embalagens de produtos fitofarmacêuticos também aumentou de 57,1% para 66,3%, “um valor muito expressivo e nunca registado”, refere a Valorfito.
De acordo com a comunicação enviada às redações, entre 2022 e 2023, o Valorfito alcançou um crescimento de 6,5% na taxa de recolha, “um resultado revelador do esforço e estratégia implementada pelo Sistema de Gestão de Embalagens”, adiantando ainda ter reforçado a sua “capacidade de resposta com a contratação de mais e melhores serviços de tratamento de resíduos”, explica.

Setor das sementes e biocidas ainda é um desafio
De acordo com o comunicado, “à semelhança de outros anos, o maior desafio continua a ser o setor das sementes e biocidas, onde se regista um ligeiro decréscimo, e que, por isso, se mantém como a principal prioridade para o sistema”.
“Cientes de que este é um segmento ainda pouco maduro no que respeita à recolha, temos como prioridade apelar aos agricultores que já entregam as suas embalagens de produtos fitofarmacêuticos e que o fazem, ano após ano, com cada vez maior responsabilidade, que façam o mesmo com as sementes e biocidas”, referiu António Lopes Dias, Diretor-Geral do Valorfito.
“Por se tratar de resíduos não perigosos, as embalagens de sementes devem ser colocadas num saco específico Valorfito, de cor verde, distribuídos regularmente pelas nossas equipas, mas que podem ser solicitados sempre em função das necessidades”, acrescentou o responsável.
Para o Diretor-Geral do Valorfito, “há ainda desafios no setor das embalagens de fitofarmacêuticos, nos quais estamos profundamente empenhados, prevendo-se que para 2024 canalizemos o nosso foco nas zonas de minifúndio, uma vez que tudo nos indica que é por aí o caminho para continuar a incrementar a taxa de retoma global”.
Valorfito quer recolher resíduos de embalagens de fertilizantes, rações e batata de semente