A crise está a obrigar as empresas portuguesas a olhar para a exportação como a saída para o crescimento, e em muitos casos sobrevivência, dos seus negócios. Exportar passou a ser palavra de ordem e quase obrigatório para quem quer passar com sucesso pela depressão que vivemos. As oportunidades são óbvias, mesmo numa Europa igualmente deprimida, e o nosso país tem sido capaz de responder a este desafio, muito em parte pela admirável dinâmica do setor agroindustrial.
Cortiça, hortofrutícolas e vinho estão à cabeça de uma lista considerável de produtos vencedores nos mercados externos. Portugal sabe produzir com qualidade e tem sabido tornar-se competitivo.
Mas exportar não é uma história de conto de fadas, pelo contrário. Implica uma grande capacidade de adaptação a hábitos culturais, a exigências e controlos específicos e a particularidades próprias e únicas de cada país. Estar preparado para vender pelo mundo fora significa ter um elevado grau de profissionalismo e organização, capacidade de trabalhar em parceria, de analisar riscos e oportunidades e de foco nos clientes certos. E claro, manter a qualidade e competitividade.
Nada disto é fácil, especialmente nas empresas de pequena dimensão, onde nem sempre a estrutura está preparada estes desafios (lembro-me sempre da história que ouvi recentemente numa conferência sobre uma empresa que enviou para o seu stand numa feira internacional o técnico informático. A razão é que era o único que sabia falar inglês…)
A exportação não é para todos, e há que ter a humilde de aprender com os erros e sucessos dos pioneiros desta aventura que é exportar.
Como em tudo, importa não desistir mas sim estar consciente das dificuldades e munir-se de informação e se necessário, formação (inglês e técnicas de vendas e marketing são obrigatórios!).
A Vida Rural vai de férias mas regressa em setembro para continuar a acompanhar a atualidade. Bom descanso para todos e, para os menos sortudos, continuação de bom trabalho!