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Agrava situação do nemátodo da madeira do pinheiro

A nova estratégia de Luta Contra o Nemátodo da Madeira do Pinheiro, posta em prática em 2006, levou ao alastramento da doença a todo o pinhal-bravo português, afirma comunicado do Conselho Consultivo para a Fitossanidade Florestal.

A nova estratégia de Luta Contra o Nemátodo da Madeira do Pinheiro, posta em prática em 2006, levou ao alastramento da doença a todo o pinhal-bravo português, afirma comunicado do Conselho Consultivo para a Fitossanidade Florestal.

Segundo o Conselho, e dada a constatação oficial do alastramento da doença no início do ano, «o país ainda não tem, ou se o tem desconhece-se, o novo Programa de Acção para Controlo do Nemátodo da Madeira do Pinheiro». 

A «inconsistência» com que a doença tem vindo a ser tratada só encontra paralelo, afirma o Conselho, no que se passou no período inicial da luta contra a doença da BSE. O nemátodo da Madeira do Pinheiro alastrou-se e hoje, para além da zona afectada no Sul, existem vários focos no Centro e no Norte, tendo sido detectados 65 casos positivos. Já a União Europeia determinou a classificação da totalidade do País como zona de restrição, estando a a exportação de produtos lenhosos sujeita a «condicionalismos gravosos».

Apesar disso, o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, continua, afirma o comunicado, «a actuar de forma inconsistente nuns casos, extemporânea noutros, mas sempre de forma pouco transparente quando não encoberta».

A situação a que se chegou obriga a uma tomada pública de posição do Conselho Consultivo para a Fitossanidade Florestal, reclamando do Ministério diversas acções, como o estabelecimento, aprovação oficial e divulgação pública do Programa de Acção para Controlo do Nemátodo da Madeira do Pinheiro; prestação pública de informação detalhada sobre as diversas vertentes de actuação; negociação com as organizações representativas do sector das funções que lhes serão atribuídas e a sua contratação em termos claros e transparentes das suas obrigações, direitos e resultados esperados; a definição e aprovação urgentes de um programa de revalorização florestal das áreas afectadas, no quadro do Programa de Desenvolvimento Rural.

Do Conselho Consultivo para a Fitossanidade Florestal  fazem parte organizações como a CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal; a CELPA – Associação da Indústria Papeleira; a FENAFLORESTA – Federação Nacional das Cooperativas de Produtores Florestais; FORESTIS – Associação Florestal de Portugal; e a UNAC – União da Floresta Mediterrânica.

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