A ideia é implementar de métodos de campo de controlo efetivo que evitem o problema da mistura de uvas com diferentes estádios de maturação, principal causa para a produção de vinhos de má qualidade.
O projeto PREMIVM (www.premivm.eu), constituído por um consórcio internacional e coordenado pela empresa AgriCiência, propõe uma solução suportada laboratorialmente através de um dispositivo portátil de baixo custo capaz de estimar, de forma não invasiva, açúcares, clorofila, polifenóis e azoto nas uvas e folhas. Estas medições serão feitas na vinha tendo por base técnicas inovadoras de fluorescência da clorofila e recolha de dados de refletância multiespectral correlacionados por modelos matemáticos específicos, georeferenciando (GPS) todas as amostras. O equipamento irá permitir a recolha de informação no campo, de forma precisa, com o objetivo de aumentar a qualidade do produto final.
O princípio de medição é baseado na resposta natural de espécies vegetais à luz, onde as moléculas específicas excitadas num determinado comprimento de onda, emitem radiação de um comprimento de onda diferente. O espectro de emissão fornece dados qualitativos e quantitativos que podem ser usados pelos gestores da vinha para controlar com precisão a sua ação no campo, reduzir a variabilidade na vinha e definir tempos de colheita ideais, acrescentando valor ao produto.
A investigação conduzida beneficia de financiamento do 7º Programa da União Europeia, incentivo para a investigação de PME, gerido pela REA-Research Executive Agency.