João Dinis, dirigente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que promoveu o protesto, afirmou que “está à vista” o desequilíbrio de forças entre quem produz e quem comercializa, e que só é possível “acabar com a ditadura comercial das grandes superfícies e dos seus donos pela via legislativa”, adianta o semanário Sol.
Este é um dos cavalos de batalha dos agricultores e que João Dinis sublinha que a proposta, que foi entregue na Assembleia da República, “são alterações à lei existente e nova legislação para regular e evitar os abusos imensos, colossais, que, impunemente, as grandes superfícies e seus donos cometem”.
O dirigente da CNA sublinhou que os hipermercados “poderiam pagar melhor e a tempo e horas à produção e mesmo assim ter margem de lucro para baixar os preços no consumo”. E condenou: “quem pratica esta ditadura que não queira aparecer como Pai Natal em maio, que faça isso todos os dias”.
Os cartazes evidenciavam também o descontentamento dos agricultores que escreveram ‘Já basta de troikas’ e ‘Não à taxa Cristas’, exigindo à ministra que “cumpra as suas promessas e pague aquilo que deve”.
João Dinis diz que “o Governo deve à lavoura mais de cem milhões de euros”, incluindo seis milhões de euros relativos à sanidade animal e “quase 80 milhões de euros” que correspondem a 20% das ajudas diretas referentes a 2011.