A par da zona norte do distrito de Aveiro, a campina de Faro é a região do país mais afetada, com cerca de 10% de água no solo, avança a edição online do Expresso.
Para Ana Lopes, presidente daquela associação, a falta de chuva nos campos está a ser suprida pela rega, uma vez que “a falta de água na própria folha também afeta a qualidade e a dimensão do produto”, exemplificando com o caso dos citrinos.
“Devido à falta de chuva, as nossas laranjas e tangerinas estão com falta de calibre, o que faz com que sejam rejeitadas por muitos e portanto tenham dificuldade de penetração no mercado”, disse, apontando as grandes superfícies “muitos difíceis” nesta matéria.

O relatório do Governo indica que a percentagem de água no solo no Alentejo e Algarve apresenta valores inferiores a 40%, contra valores que variam entre 60% e 90% nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela.
À exceção do extremo oeste do conselho de Vila do Bispo, com seca severa, o resto da região apresenta um quadro de seca extrema, com a Campina de Faro a ter cerca de 10% de água no solo.
O resto do sotavento tem 20% e o barlavento 30%, num quadro de precipitação média regional de 200 milímetros nos primeiros cinco meses do ano, isto é, um terço da média dos anos anteriores.