A Copa-Cogeca reclamou esta semana a falta de produtos fitofarmacêuticos para usos menores e culturas especializadas na Europa. A organização defende que é preciso investimento em investigação para criar novos produtos e soluções alternativas.
O conceito “culturas especializadas” aplica-se, particularmente, a hortofrutícolas, a sementes, a flores e plantas que requerem pesticidas específicos para a sua proteção, segundo a Copa-Cogeca.
As previsões apontam para uma redução das soluções disponíveis para a sua proteção, o que dificulta a produção destas culturas. Manter soluções viáveis e permanentes para as culturas especializadas e para os usos menores é, segundo a maioria dos especialistas, a chave para garantir uma produção competitiva e sustentável.
Luc Peeters, presidente do grupo de trabalho ‘Questões fitossanitárias’, da Copa-Cogeca, defende que “se não se encontrar uma solução para este problema, a produção reduzir-se-á imenso em toda a Europa, assim como no resto do mundo. Há que tomar medidas. Os agricultores europeus e as suas cooperativas agrárias enfrentam obstáculos importantes”
Para além disso, “a indústria fitossanitária não oferece soluções suficientes no mercado. Somos favoráveis à decisão adotada pela UE com o objetivo de criar uma entidade que coordene os usos menores e as culturas especializadas, mas prova do seu êxito residirá nas soluções práticas que sejam colocadas à disposição dos agricultores.”