Portugal desperdiçou 36,565 milhões de euros em apoios da Comissão Europeia relativos a 2005, um montante não recuperável.
No total, os agricultores portugueses teriam direito a 185,18 milhões de euros de Bruxelas, tendo a execução destas verbas ficado nos 148,6 milhões.
Os números foram apurados pela Comissão de Acompanhamento do Programa Operacional Agricultura e Desenvolvimento Rural (POADR), do Ministério da Agricultura que avança que estas verbas representariam investimentos totais de 103,5 milhões de euros se fosse contabilizada a comparticipação estatal (co-financiamento) nestes fundos assim como os investimentos privados que estes apoios implicariam.
O não aproveitamento deste dinheiro deu-se essencialmente no Eixo I do FEOGA (que apoia projectos de reconversão e adaptação de estruturas agrícolas e de desenvolvimento rural) mas também no Eixo II o nosso país abdicou de 2 milhões a que se juntam mais 919 mil euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
O Ministério da Agricultura já veio explicar que a não utilização da totalidade dos fundos de Bruxelas se deveu “a atrasos relativamente à programação no FEOGA, o que não permitiu os pagamentos atempados”.