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Floresta

Agroglobal diz que tragédia do Pinhal de Leiria pode ser oportunidade para “outras ocupações culturais”

Agroglobal diz que tragédia do Pinhal de Leiria pode ser oportunidade para “outras ocupações culturais”

A organização da Agroglobal, liderada por Joaquim Pedro Torres, vê uma oportunidade na tragédia do Pinhal de Leiria, que ardeu em outubro de 2017. De acordo com a organização, foi durante uma reunião de preparação do evento que surgiu a ideia de criar o projeto ‘Nação Valente’, “uma oportunidade para outras ocupações culturais de apreciável valor agrícola, social e ambiental” no Pinhal de Leiria.

Numa nota enviada às redações, a organização da Agroglobal, e responsáveis por detrás da ideia para o projeto ‘Nação Valente’, explicam que “na área ardida, principalmente na zona leste do pinhal, encontramos áreas significativas com esse potencial: solos podzolizados, planas ou com declives moderados; água no subsolo; clima permitindo todo o tipo de culturas em regadio, nomeadamente horticultura e ainda disponibilidade de tecnologias de rega e drenagem adaptadas aos solos em causa.”

A organização diz que o objetivo passa pela “criação de zonas de culturas irrigadas, – solos de melhor aptidão -criando faixas de interrupção da floresta, dificultando, ou mesmo impedindo, propagação de incêndios e, em simultâneo, unidades de produção agrícola rentáveis, utilizando modernas tecnologias e tornando as áreas em causa mais ‘vividas’. Essas zonas seriam concessionadas a agricultores experimentados, sob a forma de arrendamento, em unidades de dimensão viável”.

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A Agroglobal dá como exemplo a zona de Bordéus, em França, onde hoje são cultivados cerca de 100 mil hectares, onde antes era pinhal, com cenoura, batata, alho francês, milho e outras culturas.

Os responsáveis dizem ainda que a proposta que está em cima da mesa espera “a avaliação pelos serviços competentes do Ministério da Agricultura” e pretende “criação, desde já, de uma pequena unidade de produção (20-25 hectares) para confirmação do potencial produtivo referido. A Agroglobal/Valinveste seria a ‘alavanca’ mobilizadora das empresas (fertilização, sementes, perfuração, equipamento de rega etc.) que apoiariam o projeto. A gestão seria da Associação de Regantes do Vale do Liz e eventuais lucros seriam doados para apoio às vítimas dos incêndios”.