Valores mínimos do nível das águas do Tejo foram registados na sexta-feira, no troço entre Abrantes e Constância, tendo ainda não recuperado. Os agricultores reivindicam que Espanha não está a libertar a água da barragem de Alcântara, avança a TSF.
O presidente da Associação dos Agricultores de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação, Luís Damas, explicou à TSF que, “desde sexta-feira, o caudal do rio Tejo é muito diminuído, e as captações de água das explorações que estão adjacentes ao rio não conseguem captar água”.
“A situação já não é de agora, mas, desde sexta até ontem [segunda-feira] e hoje [terça-feira] – ainda se mantém -, quando há muito vento, há muita energia na Península Ibérica, e os espanhóis que exploram esta barragem de Alcântara só libertam quando não há vento ou quando conseguem pôr a energia a um preço mais elevado no mercado”, acusou Luís Damas.
Os espanhóis “têm um caudal semanal que têm de lançar para o rio, mas podem num dia lançá-lo todo”, disse o presidente da Associação. Luís Damas argumenta que deveria ser injetado um “caudal diário, e não um caudal semanal obrigatório”, e que a situação já “está a causar problemas graves”.
O responsável pede ao Governo que “ou faça um acordo, uma convenção diária, ou arranje uma solução”, isto é, que apele ao Governo espanhol para que haja todos os dias “uma reserva” diária no Tejo.