O ministro da Agricultura, António Serrano, anunciou a antecipação do prazo e o pagamento de 100% das ajudas directas aos agricultores relativas à campanha de 2009, no valor de 300 milhões de euros.
“É dinheiro correspondente à campanha de 2009, que é dos agricultores, que não estava pago ainda e que decidimos pagar na primeira oportunidade logo que cheguei ao Ministério. Decidimos pagar 100% das ajudas directas, dinheiro dos agricultores, entre 30 de Novembro e 2 de Dezembro”, disse António Serrano.
O ministro afirmou que será pago tudo àqueles que “tiverem a situação administrativa regularizada e os controlos verificados” numa medida que vai abranger “mais de 140 mil beneficiários”.
Em relação às verbas do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) comprometidas até ao momento, António Serrano afirmou que dos 4,4 mil milhões de euros para todo o período de programação estão comprometidos cerca de 920 milhões de euros, estando 520 milhões já pagos. “É pouco. Queremos acelerar muito este crescimento, o que nos interessa é pagar rapidamente e desbloquear o sistema”, concluiu.
Apelo à modernização
Também o pagamento de incentivos do Proder serviu de pretexto ao primeiro-ministro português para apelar à modernização da agricultura. “A verdade é que Portugal só ganhará a batalha do aumento da sua riqueza se conseguir uma economia competitiva bem colocada e bem inserida na exigente e cada vez mais complexa economia global”, disse José Sócrates, na cerimónia de entrega dos contratos do PRODER a 23 agricultores e sociedades agrícolas da região de Lisboa e Vale do Tejo, com incentivos no valor global de 4,5 milhões de euros.
Para o primeiro-ministro, todos os agricultores e empresas do sector “devem ter como horizonte, como preocupação e como incentivo colocar a agricultura portuguesa a competir bem nos mercados globais”.
