A União Europeia decidiu renovar por mais cinco anos a licença de utilização do glifosato na agricultura do espaço comunitário, uma decisão que está a gerar polémica, com alguns grupos ambientalistas a considerarem que a UE quebrou as regras na avaliação da segurança no herbicida.
Algumas destas associações ameaçaram já que irão levar a cabo algumas ações legais contras as entidades envolvidas nesta decisão, nomeadamente contra a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) e o Instituto Federal Alemão para a Avaliação de Riscos (BfR).
Entre as organizações que estão contra a decisão contam-se a Global 2000 e a Rede de Ação contra os Pesticidas, que já vieram dizer que há reclamações legais em Viena e Berlim e que vão seguir-se processos legais em França e Itália.
De acordo com a Reuters, estas associações ambientalistas afirmam que a EFSA e o BfR usaram informação sobre o glifosato nos seus relatórios sem clarificar que esta informação havia sido apresentada pela Monsanto, multinacional que comercializa uma das marcas deste herbicida mais vendidas do mundo.
“Tanto o BfR como a EFSA violaram o requisito que os obriga a fazer uma avaliação independente, objectiva e transparente”, defendem as associações ambientalistas num comunicado enviado à agência Reuters.