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Anpromis: regadio é eixo estratégico para desenvolvimento da agricultura

AntonioLima Milho

“Sem regadio não existe agricultura competitiva em Portugal”, esta foi a conclusão da Assembleia Geral da Anpromis, que esteve reunida no passado dia 20 em Lisboa. Em debate estiveram medidas de apoio ao regadio e o incremento da cultura do milho em 2012.

Apesar das adversidades que a atual situação de seca provoca, “com cerca de 68% do território nacional em ‘seca severa’”, o presidente da Anpromis, Luiz Vasconcellos e Souza, sublinha a importância de utilizar todos os recursos disponíveis “de águas superficiais e subterrâneas”.

“Segundo os dados do INE, e contrariamente à ideia generalizada de que há escassez de água no nosso país, estima-se que anualmente em Portugal sejam utilizados, por todos os setores, apenas 20% dos recursos totais disponíveis”, refere o responsável em comunicado.

 

“Analisados os dados, acreditamos que existe em Portugal condições para fazer das culturas de regadio um eixo estratégico de desenvolvimento da nossa agricultura”.

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A associação considera que as culturas de regadio acabam por ser menos afetadas pela disponibilidade de reservas de água, sobretudo em regadios coletivos. “Para a fileira do milho a principal prioridade passa por um forte investimento do Estado em infraestruturas de regadio, sob pena que as secas dos próximos anos inviabilizem a agricultura em vastas áreas do nosso território”, acrescenta.

 

No âmbito da reforma da PAC, agora em revisão, a Anpromis defende que a Comissão Europeia deverá apoiar de forma decidida os investimentos relacionados com o regadio e com o uso eficiente da água, “pois sem regadio não é possível desenvolver uma agricultura competitiva nos países do sul da Europa”.