Contudo a ministra acredita que se chover em março ou abril os efeitos da seca que afeta Portugal podem ser minimizados, nomeadamente no setor da produção animal, um dos mais afetados.
A governante falava numa exploração leiteira da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, onde foi confrontada pelos jornalistas com o pedido da Associação dos Produtores de Leite de Portugal (APROLEP).
A associação exigiu “um aumento imediato” dos preços do leite para fazer face à subida dos custos de produção resultante dos efeitos da seca.
Segundo a ministra, o Ministério da Agricultura criou um grupo permanente que está a acompanhar a situação e que inclui as direções regionais de agricultura, o Instituto de Meteorologia e a Agência Portuguesa do Ambiente.
O grupo “está a identificar aquilo que poderá conduzir a uma declaração de seca reconhecida pela própria União Europeia e que possa levar a antecipar algumas ajudas”, referiu.
Assunção Cristas reconheceu que “algumas coisas já não se podem recuperar”, em concreto, “os custos em que os produtores estão a incorrer”, mas, para já, ainda não há nenhum levantamento sobre prejuízos.
Um dos setores mais afetados “é o da produção animal”, em que as explorações “já recorrem a fenos guardados para o verão” para alimentar os efetivos, referiu.