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Agricultura

Campanha da cereja com quebra de produtividade de 60%

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De acordo com o relatório do INE, as previsões agrícolas em 31 de maio apontam para uma má campanha das prunóideas, em particular da cereja, onde se prevê uma diminuição no rendimento unitário de 60% em comparação com 2019.

O pêssego também registou uma quebra de produtividade de 20% comparativamente à campanha anterior e deverá rondar as 9,1 toneladas por hectare. A forte precipitação do final de maio agravou o cenário que já apontava para a diminuição da produtividade devido às condições meteorológicas atípicas de abril.

 

No caso da cereja, por ser particularmente sensível às condições meteorológicas, a produtividade foi afetada logo quando a 31 de março, em plena fase de floração/polinização, ocorreu queda de neve numa das principais zonas de produção (Cova da Beira), que comprometeu os frutos devido à deficiente polinização e limpeza da flor, mas sem afetar significativamente as variedades precoces, que já estavam em fases mais adiantadas.

Porém, as temperaturas baixas, a formação de geada e a intensa precipitação da primeira quinzena de abril, provocaram elevados estragos nestas variedades. E grande parte da produção a ficar rachada ou sem poder de conservação, perdendo o interesse comercial.

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Ainda, a 31 de maio, as chuvas, granizos e ventos fortes, provocaram estragos em muitos dos frutos que tinham conseguido subsistir às condições adversas anteriores.

Por sua vez, nos cereais de inverno espera-se um aumento generalizado nas produtividades, de mais 10% no trigo mole e triticale e de 15% no trigo duro, cevada e aveia.

 

Nas culturas de primavera/verão é prevista uma redução de 10% para a área de arroz, consequência da interrupção do fornecimento de água a cerca de 3 mil hectares de canteiros, durante as obras de reabilitação do aproveitamento hidroagrícola do Vale do Sado.

Porém, no caso do milho, batata e tomate para a indústria as áreas instaladas deverão ser semelhantes às da campanha anterior. Já o girassol deverá registar uma redução de 15%, tal como a tendência dos últimos cinco anos. Ainda de referir que, segundo o relatório do INE, a pressão das doenças criptogâmicas tem obrigando à intensificação dos tratamentos fitossanitários na generalidade das culturas.