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Agricultura

CAP considera inaceitáveis cortes na PAC

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A CAP considera inaceitável a proposta de orçamento da União Europeia que propõe a eliminação do mecanismo de convergência da PAC. Os principais pontos de discussão foram apresentados na última segunda-feira, 17 de fevereiro, pelo primeiro-ministro aos parceiros sociais. Estes pontos serão debatidos no próximo Conselho Europeu, que se realizará a 20 de fevereiro.

A nova proposta continua a prever cortes na coesão e na PAC, apresentando contribuições equivalentes a 1,074% do Rendimento Nacional Bruto conjunto da UE. A proposta prevê um valor global de 1094 milhões de euros a preços correntes, dos quais 323 mil milhões de euros seriam destinados aos fundos da política de coesão (face os 367,7 mil milhões do atual quadro financeiro 2014-2020, excluindo contributos do Reino Unido) e 329,3 mil milhões de euros seriam atribuídos à Política Agrícola Comum (face aos 367,7 mil milhões do orçamento plurianual vigente).

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“A proposta de orçamento comunitário não só não traz melhorias relativamente ao que já tinha sido apresentado no segundo semestre do ano passado, como ainda impõe uma novidade que merece a total reprovação por parte da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal: a eliminação do mecanismo de convergência no âmbito da PAC, sem o qual não será possível a Portugal aproximar-se dos valores médios pagos aos restantes agricultores europeus. Nesse sentido, a proposta hoje transmitida aos parceiros da Concertação Social impõe cortes inaceitáveis na Política de Coesão e na Política Agrícola Comum (PAC), que colocam em causa a trajetória de convergência de Portugal com a União Europeia”, refere a CAP em comunicado enviado à VIDA RURAL.

“A Política de Coesão e a PAC são áreas extremamente sensíveis e importantes, pelo que o objetivo deve ser a manutenção de verbas relativamente ao quadro comunitário anterior”, acrescentam, apelando ao Governo que continue a defender a manutenção do pacote financeiro destinado a Portugal e para que se empenhe, no próximo Conselho Europeu, na procura de uma solução, relembrado ainda que a pasta da Política de Coesão é liderada por uma portuguesa, a Comissária Elisa Ferreira.