A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), no âmbito da reunião com o Conselho Consultivo da Região de Trás-os-Montes, analisou o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), concluindo que não é mais do que “o somatório de documentos repescados do passado e sem qualquer novidade estratégica”.
O secretário-geral da confederação, Luís Mira, citado em comunicado, considera o cenário nesta matéria como “desolador e não corresponde às necessidades da agricultura portuguesa, até porque os agricultores não foram devidamente auscultados relativamente a esta questão”.
A CAP partilhou ainda, com os dirigentes associativos de Trás-os-Montes, um programa de atividades para 2022 que procura retomar um conjunto de ações cujo desenvolvimento foi condicionado pela pandemia, assim como promover o conhecimento do setor agrícola por parte da população, particularmente pelos jovens.
Este ano, as iniciativas como “O Melhor de Portugal em Bruxelas” e a promoção de vinhos e do azeite em mercados externos deverão retomar. Em conjunto com a sua congénere espanhola Asaja, a Confederação irá promover o Congresso Ibérico de Agricultura, na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, para além do Farming Biodiversity Summit, em Salamanca.
No sentido de esclarecer a população mais jovem sobre a realidade da agricultura portuguesa atual, a CAP irá desenvolver ao longo do ano o projeto PAC4ALL, iniciativa financiada pela Comissão Europeia, que tem como missão formar e informar a população portuguesa sobre os objetivos e vantagens da Política Agrícola Comum (PAC). Esta ação é dirigida a crianças dos seis aos 12 anos e respetivos professores.