“O Governo deve reconhecer a dimensão e amplitude da crise na produção agroalimentar e criar um Plano Estratégico de Resiliência Alimentar, em articulação com a Comissão Europeia, dedicado ao setor”, defende a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
Nesse âmbito, a CAP revela, em comunicado, que enviou ao Governo, no passado dia 24 de fevereiro, um conjunto de mais de 30 medidas “para evitar a degradação da situação que o setor produtivo atravessava”. No entanto, informa que “não houve ainda resposta a essas propostas: cada dia que passa sem apoios concretos à produção são dias perdidos que condicionam o presente e o futuro do setor agroalimentar”.
A associação revela ainda que teve uma reunião com a Ministra da Agricultura. “Defendemos nesta reunião que a criação de um Plano Estratégico de Resiliência Alimentar para o setor, que acolha as medidas apresentadas pela CAP e, porventura, outras adicionais que o Governo entenda incluir, é a resposta adequada para fazer face às enormes exigências do atual momento. Estamos numa corrida contra o tempo e não estou certo de que o Governo compreenda inteiramente a situação de urgência em que nos encontramos”, considera o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa.