“Vamos provar um conceito e mudar a discussão de «isto nunca vai funcionar» para «bem, nós mostrámos que funciona mas precisamos de fundos para trabalhar nisto»”, disse Mark Post , o investigador responsável por este projeto.
A ideia de criar carne em laboratório, a partir de tecido animal recolhido do pescoço de bovinos num matadouro, já existe há décadas e os cientistas dizem que existem muitas vantagens ambientais.
Em 2011, um estudo publicado na revista científica “Environmental Science and Technology” mostrou que uma produção em grande escala de carne criada em laboratório poderia reduzir o uso de água e de energia, assim como as emissões de metano e de outros gases que provocam o efeito de estufa. Mas estes argumentos a favor do ambiente irão apenas ganhar força, dizem os especialistas, se a procura por carne aumentar exponencialmente nos próximos anos.
Post já trabalha neste projeto há muito tempo e tem usado técnicas comummente utilizadas na investigação médica para criar órgãos e tecidos artificialmente. Mas criar hambúrgueres em laboratório tem-se revelado muito dispendioso, chegando este hambúrguer a atingir os 250 000 euros.
O investigador responsável por este projeto diz que os custos podem ser reduzidos. “ Se puder ser feito de forma mais eficiente não há razão para que não possa ser mais barato. Tem que ser feito usando os materiais certos, introduzindo a reciclagem no sistema e controlando o trabalho através da automatização”, sublinha o cientista.