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Floresta

CNA defende que floresta nacional continua desprotegida

CNA defende que floresta nacional continua desprotegida

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) emitiu esta semana um comunicado em que defende que a floresta nacional continua “desprotegida” e “desordenada”, culpando as “medidas demagógicas do Governo” que “não os apagam nem os evitam.”

“Com condições climáticas mais propícias, aí temos os incêndios florestais extensos e violentos. Aí temos a floresta nacional pasto das chamas com os consequentes e muito elevados custos económicos e ambientais. Com a insegurança e o drama das populações. Até 1 de julho, já tinha ardido três vezes mais área de floresta e matos (cerca de 18 mil ha) que durante igual período do ano passado em que houve mais chuva”, refere a organização.

“A floresta nacional continua desprotegida e desordenada, pronta para arder e, isto, para além de atacada por doenças e pragas de todos os tipos e sem controlo eficaz. Doenças e pragas que incidem sobre quase todas as espécies florestais. Mas a mais devastadora “doença crónica” da floresta nacional é provocada pela continuada falta de prevenção efetiva de incêndios e pela ausência prática de um correto ordenamento florestal por parte dos sucessivos Governos. Com tamanha negligência oficial, Governo atrás de Governo, são anos e anos seguidos com políticas agroflorestais verdadeiramente ‘incendiárias’”, defende a CNA.

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De acordo com a organização, “foi mesmo na floresta que o Proder 2007-2013 registou a mais baixa taxa de execução – menos de metade – do investimento agroflorestal inicialmente previsto. Aliás, a meio percurso deste programa, foram cortados, pelo Governo, na ordem de 150 milhões de euros inicialmente destinados à floresta, inclusive para ações de prevenção de incêndios.”

“Falamos da demagogia governamental perigosa para as pessoas a envolver e não só, da “mobilização” de 2200 desempregados e beneficiários do RSI para ações ditas de limpeza e vigilância da floresta contra Incêndios. Trata-se de uma autêntica fraude, perante os meios a disponibilizar e os objetivos a que é suposto estar destinada, fraude engendrada pelo Governo para a sua propaganda demagógica. Para fazer de conta que está com muita intervenção perante o flagelo dos incêndios florestais”, defende.