Em comunicado, a CNA afirma que “ao mesmo tempo que diminui, todos os anos, a população agrícola familiar, assistimos a uma crescente procura de mão-de-obra agrícola sazonal e imigrante”, realidade que é fruto “de uma política praticada por sucessivos governos e por políticas comunitárias que têm vindo a promover, em Portugal, mas também em Espanha e em França, uma agricultura industrializada, concentrada, virada para a exportação, capaz de “competir” nos mercados mundiais mas em detrimento da pequena agricultura, da agricultura familiar e do comércio e produções locais.”
A CNA, a Confédération Paysanne e o SOC pretendem, assim, que os responsáveis pelas políticas agrícolas e comerciais “relocalizem produções e consumo”, “invertam a desvalorização generalizada dos preços dos alimentos e reponham a perda de rendimento a que os agricultores europeus estão sujeitos há mais de três décadas”, “reponham uma justa distribuição do valor acrescentado pelos vários agentes da cadeia alimentar” e “apostem nos modos de produção sustentáveis e que garantam uma efetiva segurança alimentar na Europa e no mundo”.