1. A Campanha de 2010/2011 foi uma campanha de produção recorde em Portugal, e já a campanha de 2009/2010 foi também de boa produção;
2. A produção de pinha caracteriza-se por ciclos de produção de 4 anos, geralmente com dois picos de produção intervalados com dois anos de contrassafra;
3. A campanha de 2011/2012 é obviamente uma campanha de contrassafra, em que a produção esperada é substancialmente inferior à de 2010/2011;
4. Em novembro de 2010 foi detetado o inseto Leptoglossus occidentalis na zona de Setúbal;
5. Como medida de precaução foi implementado um plano de monitorização desta espécie e do estudo do seu ciclo de vida, envolvendo o Instituto Nacional de Recursos Biológicos e a UNAC;
6. Com base na rede de armadilhas de monitorização nacional do Nemátodo da madeira do pinheiro, gerida pela AFN – Autoridade Florestal Nacional, foi detetado o inseto Leptoglossus occidentalis em 22 das cerca de 2000 armadilhas instaladas;
7. A UNAC através da suas associadas monitorizou durante a campanha de 2010/2011 o rendimento das pinhas em pinhão branco sendo os valores observados valores normais;
8. O INRB recebeu e analisou amostras de pinhas provenientes da produção e da indústria sem que detetasse estragos que se pudessem classificar como resultantes da ação do inseto Leptoglossus occidentalis;
9. Em 30/11/2011 reuniu em Valladolid um comité de peritos investigadores Portugueses, Espanhóis e Italianos que foi inconclusivo quanto à existência, à data de hoje, de dados concretos relativos aos danos provocados por este inseto.
Estes são os factos reais sobre a situação do Pinheiro Manso e as perspetivas para a campanha de produção de pinha de 2011/2012 em Portugal:
– A produção esperada para a campanha de 2011/2012 é inferior à produção obtida em 2010/2011, num comportamento absolutamente normal do ciclo produtivo do Pinheiro Manso;
– O inseto Leptoglossus occidentalis está presente em Portugal e é uma espécie que pode atacar as pinhas do Pinheiro Manso bem como todos os outros frutos de coníferas. A sua dispersão está a ser monitorizada e está a ser estudado o seu ciclo de vida e eventuais efeitos na produção de pinhas.
Todo o que para além destes factos possa ser dito é pura especulação e em nada contribui para o futuro desta importante fileira agroflorestal e para o reforço da sua contribuição para a economia do País.
A Direção da UNAC