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Continente aposta em leite de produção nacional

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O Continente anunciou esta semana a reformulação da sua gama de leite de marca própria, que passa agora a ser 100% nacional nas referências 1Lt de Leite Gordo, Meio Gordo e Magro. De acordo com a insígnia, esta ação tem como objetivo “contribuir para a promoção e divulgação da produção nacional, demonstrar a qualidade do leite português e incentivar o consumo de produtos portugueses.”

Pedro Bruno, Diretor Marcas Próprias do Continente, refere que “esta campanha reforça o esforço continuado que o Continente tem feito nos últimos anos para aumentar a percentagem de leite nacional em todas as suas referências. Esta campanha é fruto deste mesmo empenho e representa um passo importante no objetivo maior que passa por oferecer produtos com origem 100% nacional.”

Com esta iniciativa o Continente passa a disponibilizar nas suas lojas um total de 93% de leite com origem 100% nacional e o objetivo é aumentar esta percentagem, segundo a insígnia.

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A APROLEP- Associação dos Produtores de Leite de Portugal já veio entretanto manifestar a sua satisfação e refere saudar “o novo posicionamento deste importante agente económico do nosso país e esperamos que seja um exemplo seguido por outras cadeias de hipermercados.”

A associação refere, no entanto, que “para a sobrevivência da produção de leite em Portugal é fundamental que, além da origem do leite ser portuguesa, sejam também criadas condições para haver um preço sustentável pago ao produtor, um ‘preço justo’ que permita a sobrevivência das explorações leiteiras em Portugal, o que implicará um esforço de todos para terminar ou reduzir as ‘promoções agressivas’ que desvalorizam o leite”, tema que esteve em cima da mesa esta semana no Parlamento Europeu.

Os produtores de leite nacionais referem ainda que “em Portugal os preços mais baixos e as situações mais dramáticas são vividas por produtores que fornecem direta ou indiretamente queijarias, pelo que é para nós igualmente importante haver também um compromisso de aquisição de queijo flamengo 100% português, feito com leite de vacas portuguesas” e desafiam o Ministro da Agricultura a “avançar com a rotulagem obrigatória da origem do leite, tal como já fizeram os seus homólogos de França e Itália, que apresentaram propostas nesse sentido à Comissão Europeia, a fim de obterem autorização para essa medida.”