O grupo afirma estar a renegociar com as multinacionais com o objetivo de poupar os pequenos fornecedores, avança o semanário Expresso. Contudo a associação CentroMarca garante que há fornecedores portugueses que já foram contactados pela Sonae.
Na base da estratégia está, segundo a Sonae, a constatação de que, ao contrário dos pequenos e médios fornecedores portugueses, as grandes multinacionais e os seus representantes em Portugal têm acesso mais facilitado a “fontes de financiamento muito mais abundantes e em condições mais competitivas do que a generalidade das empresas nacionais, dos bancos portugueses ou até da República”.
João Paulo Girbal, presidente da CentroMarca, garante, no entanto, que o alvo destas renegociações de contratos não são apenas empresas multinacionais. “Sabemos que há também fornecedores nacionais que já foram contactados para renegociar as condições de pagamento”, diz, sem revelar a identidade dessas empresas.
A Sonae assegura, porém, que não pretende incluir os fornecedores portugueses nesta operação, por entender que no atual enquadramento económico nacional não é “possível ou sequer desejável” aumentar os prazos de pagamento aos fornecedores e empresas de base nacional.
