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Agricultura

Dados preliminares do Recenseamento Agrícola 2019 confirmam “tendências positivas”

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O Ministério da Agricultura está satisfeito com a divulgação dos resultados preliminares do Recenseamento Agrícola 2019. “Há um conjunto de tendências positivas que importa consolidar, nomeadamente as que indicam que o número de explorações certificadas para a produção em modo biológico triplicou, tendo sido recenseadas cerca de 3,9 mil explorações certificadas para a produção em modo biológico”, lê-se em nota publicada no site do ministério.

Os resultados definitivos serão conhecidos até 31 de março de 2021 e vão permitir “a avaliação, alteração, preparação e implementação de políticas públicas essenciais para garantir produções em quantidade e qualidade que promovam justo rendimento aos produtores e qualidade aos consumidores”, refere.

 

Os dados mostram também um aumento considerável de Sociedades Agrícolas, o que revela “uma forte dinâmica do setor, bem como da superfície agrícola utilizada (SAU) em +7%, passando a ocupar 3,9 milhões de hectares (43% da superfície territorial)”, contrariando a tendência de descida verificada nas duas últimas décadas.

Na mesma nota, a tutela destaca o aumento da instalação de sistemas de rega, que aumentaram a superfície potencialmente irrigável em 16%.

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Para ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, os resultados agora conhecidos “confirmam como essencial a estratégia que desenvolvemos em 2020 com a construção, participada e partilhada com todo o setor, da Agenda de Inovação para a Agricultura 20 | 30 – Terra Futura”.

A aprovação em Conselho de Ministros do projeto “Terra Futura” permitirá “alcançar os objetivos nacionais e internacionais da dupla transição, digital e energética, da utilização mais eficiente dos recursos, da preservação da biodiversidade, da garantia de qualidade dos bens alimentares, e do justo rendimento dos produtores, nesta transição para uma agricultura mais competitiva, inovadora e sustentável”, de acordo com a mesma nota.

 

Maria do Céu Antunes salienta a necessidade de “implementar políticas públicas que contrariem as tendências de abandono da atividade nas regiões mais fragilizadas, nomeadamente os pequenos produtores, e invertam o envelhecimento destas populações”.

“Vamos apostar na revitalização do tecido socioeconómico dos territórios rurais, promovendo o acesso ao conhecimento, ao financiamento, aos mercados, à diversificação das atividades económicas à criação de territórios rurais mais inovadores, através do envolvimento dos vários atores locais, dos recursos endógenos, do conhecimento, num processo participado e igualitário, adaptado à realidade local. Esta é apenas uma das Iniciativas da Terra Futura, que tem o propósito de fazer crescer a Agricultura, inovando-a e entregando-a à próxima geração”, revela a titular da pasta da Agricultura.