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Agroquímicos

Renovação da autorização do glifosato em risco

UE: Já está disponível o inquérito para os agricultores sobre simplificação de encargos

Os deputados europeus da Comissão de Ambiente pediram no passado mês de março à Comissão Europeia uma revisão independente antes de renovarem a autorização de utilização do glifosato sem nenhuma restrição no espaço comunitário por mais 15 anos, até 2031.

O herbicida glifosato é um dos agroquímicos mais utilizados em agricultura em todo o mundo e tem estado debaixo de fogo depois de em 2015 um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter indicado o agroquímico como potencialmente cancerígeno.

A posição foi na altura contestada pelos seus fabricantes e continua a ser por parte de vários players do setor. Para além disso, o adiamento da votação para renovar a autorização da sua utilização está a preocupar o setor produtivo, que teme não ter alternativas ao glifosato.

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A Anipla, assim como várias outras entidades oficiais e parceiros do setor produtivo nacional, estão entre algumas das vozes que temem que a utilização do glifosato seja proibida e na passada semana publicaram uma carta aberta onde alertam para os “riscos inerentes à não aprovação do glifosato”.

“A nível ambiental, o impacto do glifosato é muito reduzido, uma vez que é rapidamente degradado no solo em substâncias não tóxicas, limitando assim o risco de contaminação das águas e a exposição de organismos fora dos âmbitos da sua aplicação. A ausência de maioria qualificada perante uma proposta da Comissão assente na avaliação da EFSA é uma situação muito pouco comum e levanta dúvidas sobre o que realmente está em discussão, colocando em causa todo o sistema Europeu de aprovação de substâncias ativas, o qual assenta numa avaliação científica independente, neste caso na EFSA”, refere.

Para além disso, as entidades nacionais alertam para o facto de “mais nenhuma substância possuir um comportamento biológico, um modo de ação e uma polivalência que permita ser considerada como um substituto do glifosato. Trata-se fundamentalmente de uma ferramenta fulcral para a produtividade e competitividade da agricultura portuguesa e adicionalmente de um meio seguro, fácil, eficaz e, sobretudo, económico de solucionar o desenvolvimento, multiplicação e dispersão de um vasto número de espécies vegetais indesejáveis, para cujo controlo eficiente é absolutamente indispensável a disponibilidade do glifosato.”