Para o deputado, esta crise faz lembrar a de 2007, “só que agora os produtores, a par da descida dos preços, enfrentam também aumentos consideráveis nos custos da sua exploração derivados da escalada dos preços dos combustíveis, dos alimentos e dos fertilizantes”, avança o Correio dos Açores.
Na sua intervenção, o eurodeputado disse que hoje se assiste à colocação de produtos excedentários dos países mais produtivos “a preço de saldo” nos mercados de outros Estados-membros, colocando “uma pressão adicional na descida do preço pago aos produtores nesses países”.

Luís Alves exemplificou a situação, referindo um estudo das Uniões Agrárias que demonstra que a mesma marca de distribuição de leite UHT de uma multinacional francesa é vendida na sua cadeia em França, num intervalo de preço entre 88 e 98 cêntimos, enquanto na mesma cadeia na Galiza varia entre os 48 e os 53 cêntimos.
Para o eurodeputado, “este é apenas um exemplo do que podem ser no futuro as consequências de um mercado sem quotas leiteiras ou instrumentos que ajustem a oferta à procura, no pós 2015. Há que reconhecer que estamos a enfrentar condições muito diferentes do contexto que vivíamos quando a UE decidiu abolir os instrumentos de regulação”.