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Europa precisa de milhões de abelhas

Vespa assassina de abelhas ameaça colonizar a Europa

De acordo com um estudo recentemente publicado, alguns países europeus estão com falta de abelhas para a polinização das culturas, um problema causado pelo aumento da área de plantação de oleaginosas para produção de biocombustíveis.

“A Europa, enquanto tal, só tem dois terços das abelhas de que precisa, com um défice superior a 13,4 milhões de colónias, o que corresponde a cerca de 7 mil milhões de abelhas”, referem os cientistas responsáveis pelo estudo.

Os cientistas da Universidade de Reading compararam o número de abelhas domésticas em 41 países europeus com a necessidade de polinização entre 2005 e 2010 e descobriram que em 22 países as abelhas foram incapazes de responder às necessidades, forçando os agricultores a recorrerem a vespas e a outros insetos.

 

Os países onde as abelhas existentes se mostram suficientes foram a Grécia, Turquia e Balcãs. Por outro lado, as antigas repúblicas da União Soviética e o Reino Unido registaram uma percentagem inferior a 25% ao nível da satisfação da procura e a Alemanha e a França registaram um nível de satisfação da procura entre 25 e 50%.

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A dependência dos agricultores de polinizadores selvagens é, de acordo com os investigadores, “preocupante” devido às flutuações nas populações de insetos selvagens e a sua vulnerabilidade à agricultura intensiva, com menos plantas com floração para oferecer alimentação ou proteção.

 

Uma estimativa revelada em 2009 estimou que o contributo da polinização dos insetos para o valor global das colheitas é de 153 mil milhões de euros. A nova investigação, publicada na revista científica norte-americana PLOS ONE, associa o défice de abelhas ao aumento em 38% da área de plantações de oleaginosas, como soja, girassol ou colza, utilizadas na produção de biocombustíveis.