Cerca de 40 produtores nacionais de frutas e legumes vão a Berlim mostrar a sua oferta na Fruit Logística, uma das maiores feiras do setor, apostando na divulgação internacional dos seus produtos para contrariar a crise interna.
O presidente da Portugal Fresh, Manuel Évora, sublinhou o comportamento positivo das exportações, que “deverão ter aumentado 12% entre 2010 e 2011”, passando de 800 para 900 milhões de euros.
Aquele responsável adiantou ainda que África e Europa continuam a ser os principais destinos dos hortícolas nacionais, mas destacou também o aumento das exportações para a América Latina, sobretudo o Brasil, “apesar de ser necessário eliminar barreiras alfandegárias”.
Já o mercado interno “apresenta uma recessão de consumo e de preço assustadora”, que se acentuou desde a crise do E.coli. “Os hortícolas tiveram uma quebra muito acentuada”, afirmou Manuel Évora, salientando que os volumes de produção não abrandaram o que se refletiu na quebra de preços.
“Os preços das batatas, cenouras e couves estão assustadoramente baixos face aos custos de produção. Os produtos de saladas também sofreram imenso”, disse o responsável da Portugal Fresh.